


A série “Estandarte de 4 pontas” vem sendo desenvolvida desde 2012 e é composta por pinturas feitas no verso de caixas de remédio. Essas caixas quando expostas adquirem a forma de cruz, mas também de estandartes.
Estandartes com quatro pontas.
É nesse espaço branco da parte de dentro das caixas que, em pintura, figuras e símbolos
se desvelam fazendo um convite para embarcar
em uma pesquisa a respeito do sujeito
que habita o corpo.
As obras são o resultado de uma investigação intimista acerca do adoecer e do viver
com esclerose múltipla.
É uma documentação desse ambiente psíquico.
Uma fresta para o universo privado do artista.
Os estandartes fazem os marcos desse percurso, cruzes que destacam pontos importantes no trajeto. Indicativos de sucesso e de perigo. São cartas escritas para si mesmo, contando detalhes e segredos do caminho.
Assim, a caixa aberta autoriza os olhos a acessar essa pesquisa onde pintura e desenho coexistem.
A linha, a mancha, o texto e a figura se complementam em uma tentativa de dar rosto a um objeto de estudo volátil e difuso. Um esforço poético na esperança de conseguir apresentar esse conteúdo que fica oscilando o tempo todo entre
o campo do sentido e o campo da presença.
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O Verso
vídeo





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Reserva.
60x65cm,
Téc. mista sobre papel.
2025


Carranca
60x65cm,
óleo sobre papel.
2025


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Gene deletério,
60x65cm,
Téc. mista sobre papel.
2024

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Vazante,
55x31,5cm,
Téc. mista sobre papel.
2024

